CULTURA INDÍGENA E AFRO-BRASILEIRA


Leia atentamente o trecho abaixo:

“(...) o fator mais determinante para uma educação multicultural não é a quantidade nem a qualidade dos materiais didáticos disponíveis mas, sim, uma postura democrática e científica dos educadores e de suas escolas no trato crítico e rigoroso dos materiais didáticos e das informações contidas neles.” (Marçal, 2015, p. 117)

Quanto à “postura democrática”, citada no texto, trata-se de uma:


gestão escolar que apoia a atuação dos professores.


prática dialógica com o diferente.


valorização de uma dada cultura em detrimento de outra.


formação continuada dos professores.


qualidade dos materiais didáticos.

Podemos ressaltar que o estudo da temática “história e cultura afro-brasileira e indígena no Brasil”, nos enriquece, principalmente, através do conhecimento do(a):


Forma como estes grupos étnicos foram usurpados e explorados.


Produção acadêmica e científica sobre este assunto.


Existência dos diversos preconceitos que permeiam a sociedade brasileira.


Lei 11.645/2008 que determina a obrigatoriedade desta temática nas escolas.


Contribuição desses grupos sociais para o patrimônio cultural brasileiro.

Leia o trecho a seguir:

(...) mais especificamente no início do século XX, (...) a população pobre e negra carioca foi obrigada a morar nos morros. (Mattos, 2007, p. 196)

Esse processo de ocupação dos morros pela população negra se deu porque nessa época:


O governo do Estado subsidiou moradias a preços acessíveis para a população pobre.


O espaço dos morros era propício para o esconderijo e o tráfico de drogas.


O apartheid racial delimitava o espaço territorial em que os negros poderiam ocupar.


O Rio de Janeiro passou por um processo de (re)urbanização e intervenção pública.


O samba deveria se afastar do centro da cidade para evitar barulhos indesejáveis.

Sabemos que durante todo o período colonial houve luta e resistência dos africanos contra a sua condição de escravo. Com a Independência, essas lutas continuaram. A revolta dos malês, por exemplo, foi uma das muitas revoltas regionais que ocorreram durante a Regência (1831-1840). Sobre os malês, eram africanos:


umbandistas que desembarcaram na Bahia.


muçulmanos que desembarcaram em Pernambuco.


católicos que desembarcaram em Pernambuco.


católicos que desembarcaram em Minas Gerais.


muçulmanos que desembarcaram na Bahia.

Leia o trecho abaixo:

A estudiosa norte-americana Anna Roosevelt considera o uso da cerâmica na Amazônia um dos mais antigos do mundo, com mais de sete mil anos. A cerâmica foi usada por muitas sociedades indígenas, com decorações das mais variadas, algumas delas consideradas, até hoje, obras de arte inigualáveis. (Funari, 2011, p. 36)

É correto afirmar que por meio das cerâmicas é possível:


Conhecer o conceito de beleza criado pelos povos indígenas.


Valorizar a arte indígena.


Constatar que se trata de uma técnica recente.


Reconstituir o passado na íntegra.


Saber como as pessoas armazenavam produtos, comiam, bebiam, e como concebiam o mundo.

Leia com atenção o trecho a seguir, sobre as sociedades indígenas:

A ideia de isolamento deve ser usada com cautela em qualquer hipótese, pois há um contato mediatizado por objetos, machados, miçangas, capazes de percorrerem imensas extensões, mediante comércio e guerra, e de gerarem uma dependência à distância (...). (CARNEIRO, 2012, p.12)

O texto acima contraria a seguinte ideia:


O comércio de produtos era uma prática conhecida entre as diversas tribos indígenas.


A cultura de várias tribos indígenas vai se moldando ao longo da história.


As sociedades indígenas, de maneira geral, mantêm um intercâmbio cultural.


O isolamento de certas sociedades indígenas.


O contato entre diversas etnias.

É correto afirmar que, tradicionalmente, a educação entre as populações indígenas ocorre através:


do modelo escolar, trazido pelos europeus.


dos costumes e valores trazidos pelos jesuítas.


da importância dada ao reconhecimento das diversidades étnicas.


da oralidade, sem escolas e sem professores.


da escrita, principalmente na língua tupi.

Sabe-se que para os povos indígenas é de suma importância a questão do território e sua demarcação. Escolha a alternativa abaixo que melhor justifica esta afirmação: 


As terras indígenas servem como meio de produção e de venda dos seus produtos.


A demarcação evita o confronto entre tribos de diferentes etnias.


O espaço territorial é que dá a possibilidade de viverem e transmitirem os valores culturais herdados.


A terra é que garante a segurança e o meio de defesa dessas populações.


Os índios dependem do espaço territorial para sua sobrevivência.

De acordo com Marçal (2015, p. 118), “é possível compreender que o conteúdo da educação das relações étnico-raciais e da história e cultura afro-brasileira e indígena se situa no cotidiano escolar e social.”

Com isto, o autor quer dizer que:


O ensino das relações étnico-raciais só é possível ser realizado no espaço escolar.


Os conteúdos só podem ser devidamente trabalhados através de um material didático de qualidade.


Os conteúdos trabalhados podem ser extraídos da experiência vivida de educandos e educadores.


O estudo deste tema requer pesquisa de campo.


O conhecimento deste tema só é possível ser acessado através de trabalhos reconhecidamente científicos. 

As autoras do artigo “A Temática Indígena na Escola: ensaios de educação intercultural” nos revela que há uma luta dos povos indígenas, dentre outras, que diz respeito à educação:

“Se aparecem [os índios] nos cenários políticos nacionais e internacionais, se lutam por direitos constitucionais em relação à terra, à saúde e à educação, não deixam também de colocar nas pautas de suas preocupações o cuidado necessário que as escolas não indígenas tenham a mão informações mais dignas, apoiadas em conhecimentos respeitosos (...).” (2012, p. 55)

A preocupação citada acima se justifica pela forma como a escola lidou, durante séculos, com a temática indígena. Nesse sentido, assinale a alternativa correta:


A história e a cultura dos povos indígenas ocuparam um lugar de destaque nas aulas de História, a partir da instauração da República.


Os índios têm uma preocupação comum com as escolas indígenas e não se ocupam das ciências escolares não-indígenas.


As concepções apresentadas nas escolas eram (e ainda são) estereotipadas, preconceituosas e discriminatórias.


Os conhecimentos sobre a cultura indígena se intensificaram nas escolas após a independência política do país.


Os índios não conheciam a escrita e, portanto, as escolas não se preocupavam com a sua educação.

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